8 histórias inspiradoras de mulheres na TI

Publicado em 3 de março de 2021

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Embora saibamos que todo dia é dia das mulheres de nossas vidas, neste Dia Internacional da Mulher, preparamos este post especial para homenagear as mulheres que marcaram a evolução da TI ao longo dos anos. São 8 histórias inspiradoras que quebraram as barreiras do preconceito e que nos mostra que ideias criativas e inovadoras independem de gênero. Veja a seguir algumas delas.

Condessa de Lovelace – A mãe da programação

Ada Augusta, conhecida como condessa de Lovelace, era matemática e se tornou a primeira programadora de computadores da nossa história. Sua maior contribuição foi enxergar o computador mecânico além de uma simples calculadora avançada, a condessa acreditava que era possível fazer outras operações além de cálculos matemáticos, então, inventou o conceito de sub-rotina, uma sequência de instruções que pode ser usada várias vezes, o loop, uma instrução que permite a repetição de uma sequência de cartões perfurado, e do salto condicional, que permite saltar algum cartão caso uma condição seja satisfeita.

As notas da condessa a respeito da máquina analítica de Babbage foram republicadas em 1953, quase cem anos após sua morte. Essa máquina foi reconhecida como o primeiro modelo de computador já construído, e as notas da matemática ficaram marcadas como a primeira descrição de um computador e de um software.

Margaret Hamilton – A responsável pelo Apollo 11

A Apollo 11 foi a missão que permitiu aos astronautas pisar, pela primeira vez, no solo lunar. Contudo, por muito pouco o pouso na lua não chegou a ser abortado, mas foi justamente graças ao software desenvolvido por Hamilton e sua equipe que a missão obteve sucesso.

Sendo assim, podemos dizer que o homem somente conseguiu chegar à Lua graças a uma mulher. Isso porque quando faltavam apenas três minutos para o pouso no satélite natural da Terra, vários alarmes do módulo lunar começaram a tocar, e o computador ficou sobrecarregado com atividades do radar de aproximação. No entanto, a arquitetura robusta do software desenvolvido por Margaret permitiu que o sistema continuasse funcionando ao priorizar as atividades essenciais, interrompendo as menos importantes, pois a desenvolvedora, que tinha escrito o código, sabia exatamente como ele seria capaz de ser manipulado emergencialmente para que a nave da Apollo 11 realizasse o pouso.

Hedy Lamarr – A protagonista do Wi-Fi

Nascida em Viena, a filha de pais judeus era parte de uma família de classe média cuja mãe era uma pianista e o pai, diretor bancário. Lamarr estudou piano até os dez anos de idade e, mais tarde, foi considerada pelo diretor Max Reinhardt “a mais bela mulher da Europa”. Ainda adolescente, a jovem atriz interpretou diversos papéis em filmes alemães, contracenando com atores famosos da época.

Durante a Segunda Guerra Mundial, Hedy Lamarr criou junto com o compositor e também inventor George Antheil um sofisticado aparelho de interferência em rádio para despistar radares nazistas, cuja patente foi feita em 1940 usando seu nome de registro (Hedwig Eva Maria Kiesler). A ideia surgiu quando a dupla estava fazendo um dueto ao piano e começaram a “conversar” entre si alterando os controles do instrumento. Ou seja, Lamarr descobriu que, se o emissor e o receptor mudassem constantemente de frequência, somente os dois poderiam se comunicar sem medo de serem interceptados pelo inimigo. Assim nascia o que hoje conhecemos como conexão Wi-Fi.

Ann Hardy – A precursora da internet

Em meados da década de 1950, por sugestão de um amigo de infância, Hardy fez um teste de aptidão em programação de computador. Passando com louvor, ela fez um curso de seis semanas e foi bem no exame final. Os 10% melhores da classe receberam a promessa de um emprego em vendas, o auge da IBM, mas a alta gerência acabou decidindo que isso não se aplicava às mulheres. Em vez disso, ela se tornou uma programadora da IBM, onde Hardy experimentou pela primeira vez a então nova abordagem de compartilhamento de tempo para a computação.

Hardy trabalhou em alguns dos primeiros sistemas de compartilhamento de tempo e redes de computadores, usados ​​por uma variedade de corporações e agências governamentais. Embora fosse a única responsável por escrever o código do produto de compartilhamento de tempo, Hardy sofreu com o preconceito de seus colegas homens, que presumiram que seu marido havia escrito o sistema operacional. Apenas quando ela estava no hospital dando à luz seu primeiro filho, e seus colegas de trabalho encontraram problemas que não sabiam como resolver, que começaram a considerá-la a especialista no sistema que ela havia escrito.

Karen Sparck Jones – A mentora do Google

Karen desenvolveu pesquisa na área de linguagem automática e processamento de informações desde o final dá década de 1950. Em 1972, criou e introduziu o conceito da Frequência de Documentos Inversa (IDF). O IDF é uma medida estatística usada para avaliar a importância de uma palavra para um documento, sendo frequentemente usada pelos mecanismos de pesquisa modernos para classificar a relevância de um documento para uma consulta de pesquisa.

Trata-se de um sistema de recuperação de informações que minera de forma extremamente veloz os dados em um conjunto de documentos. A busca é feita pelos termos que mais aparecem nos textos, que quando cruzados com um sistema de filtragem, mostram a relevância de diferentes temas. É o que define, de forma básica, se uma página, por exemplo, está falando sobre a influência das mulheres no mundo da tecnologia ou se apenas cita as palavras “mulheres” e “tecnologia”, mas em um contexto completamente diferente.

Grace Hopper – A madrinha do bug

Sua história mais famosa é a que remonta à popularização do termo “bug” para indicar problemas em software. Em uma anedota jamais confirmada, ela teria resolvido um problema de processamento de dados ao remover uma mariposa que estava criando ninho dentro de um computador, indicando que um “debugging”, ou a remoção de um “inseto” é o melhor caminho para resolver falhas de funcionamento.

Uma de suas principais frases se tornou não apenas um bastião feminista, mas também o principal mote para as mulheres que lutam por representatividade na indústria da tecnologia: “é mais fácil pedir perdão do que permissão”. Além do COBOL, uma linguagem de programação para bancos de dados comerciais, Hopper também criou linguagens de programação para o UNIVAC, o primeiro computador comercial fabricado nos Estados Unidos.

Susan Kare – A designer que revolucionou a experiência do usuário

llustradora, pintora e designer gráfica, seus ícones e fontes criados para o Macintosh original foram revolucionários. Eles deram a um computador sem vida o calor e a personalidade que perduram no Mac moderno até hoje e são copiados pelos concorrentes.

A designer desenvolveu diversos tipos de fonte, ícones e criou até mesmo materiais de marketing para a campanha do Macintosh original, e algumas ferramentas que usamos atualmente em softwares de design e tratamento de imagens têm seus ícones com origem nas criações de Susan Kare. Por exemplo, os ícones da ferramenta de seleção de área em formato de laço, da ferramenta com a “mãozinha”, da lata de lixo, e do balde de tinta para pintar áreas selecionadas, foram originalmente concebidos por Kare e os softwares gráficos seguem usando desenhos de um laço, de uma mão, de uma latinha de lixo e de um balde de tinta até hoje.

Mitchell Baker – A embaixadora do código aberto

Cofundadora do projeto Mozilla e presidente da fundação Mozilla, Mitchell Baker iniciou sua jornada a favor do software de código aberto em 1998 quando criou a licença Open Source da Netscape. O crescente uso do Firefox – o navegador gratuito e aberto da Mozilla – provou que a web não deveria pertencer a uma empresa ou a um sistema.

Baker tem sido amplamente reconhecida por seu trabalho em defesa do software de código aberto. Em 2005, a revista Time a nomeou uma das 100 pessoas mais influentes. Ela também foi incluída no Hall da Fama da Internet Society.

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