Conheça as principais tendências tecnológicas para os próximos anos

Publicado em 21 de agosto de 2020

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A Deloitte na 11ª edição do estudo anual Tech Trends 2020, traz um resumo interessante das tendências tecnológicas para os anos que virão, sendo elas classificadas em “Facilitadoras”, “Fundação”, “Disruptoras” e “Emergentes no Horizonte”.

Já o Gartner no artigo “Top 10 Strategic Technology Trends for 2020: A Gartner Trend Insight Report”, traduzido para “As 10 principais tendências estratégicas de tecnologia para 2020: um relatório do Gartner Trend Insight” traz uma distribuição de tendências em 2 partes: uma centrada nas pessoas e outra centrada nos espaços inteligentes. 

Líderes de todos os setores agora elevam a tecnologia rotineiramente a uma prioridade estratégica de negócios. A capacidade de uma organização de explorar a tecnologia a seu favor determinará sua sobrevivência.

Se você deseja conhecer os pontos mais importantes extraídos destes 2 documentos e as principais tendências tecnológicas, continue a leitura do nosso post!

1. Tendências Facilitadoras

As tendências facilitadoras são forças capacitadoras que apoiam e permitem impulsionar a ruptura de negócios, modelos operacionais e mercados.

Experiência digital e Multiexperiência

Segundo o Gartner “até 2028, a experiência do usuário passará por uma mudança significativa na maneira como os usuários percebem o mundo digital e como eles interagem com ele”.

Segundo a Deloitte, “a experiência digital continua sendo um fator crítico da transformação da empresa – de fato, 64% dos participantes da pesquisa global de CIO da Deloitte em 2018 dizem que as tecnologias digitais afetarão seus negócios nos próximos três anos”.

Essa tendência concentra-se fortemente na criação de interações mais centradas no ser humano – incluindo funcionários, parceiros de negócios e clientes. A experiência multissensorial, multidispositivo e multitoque, conectando o físico com o digital está alinhado ao futuro da multiexperiência. Essa é a tendência real, o design orientado ao humano, não necessariamente as tecnologias que o habilitarão, mas o design corporativo que se estabelecerá para atender essa orientação.

Com a ajuda de várias tecnologias conectadas e da extração de dados, incluindo Inteligência Artificial, com Machine Learning e computação visual, conseguiremos criar experiências digitais personalizadas e emocionalmente inteligentes com base no comportamento, preferências e emoções dos indivíduos.

Cloud Computing / Distributed Cloud

Conforme indicado pela Deloitte, “Como previmos em 2017, o uso da nuvem, que se estende além da infraestrutura, deu origem a tudo como serviço, permitindo que qualquer função de TI se torne um serviço baseado em nuvem para consumo corporativo”.

E como previsto pelo Gartner, “o provedor de nuvem pública assume a responsabilidade pela operação, governança, manutenção e atualizações”. 

Nesse mundo híbrido, onde temos o melhor das tecnologias ofertadas como serviço, há o blockchain, Machine Learning, computação visual, orquestração de conteiners, serverless, entre outros tantos recursos tecnológicos, tudo isso representando fontes de inovação avançada e acelerada, que nos convidam a ser estratégicos e focar nos objetivos de negócio que precisam ser atendidos, no curto, médio e longo prazo. 

Em si, o que a Cloud habilita são meios rápidos para a inovação, os recursos que antes demorariam tempo, hoje estão disponíveis rapidamente e podem ser usados quando, onde e pelo tempo que forem necessários.

2. Tendências de Fundação

Negócios de Tecnologia (Reengenharia da Tecnologia “com T maiúsculo”)

Segundo a Deloitte, “o negócio da tecnologia – a maneira como a TI opera – está evoluindo à medida que a tecnologia e as estratégias de negócios convergem. À medida que as empresas buscam cada vez mais reengenharia de TI, não apenas para oferecer excelência operacional, mas também em parceria com funções de negócios para impulsionar a criação de valor, muitas equipes de TI estão mudando seu foco da entrega de projeto para resultados de produtos e negócios e adotando metodologias de desenvolvimento que permitem a colaboração, como Agile e DevOps.”

Esse é um movimento importante, visto que se trata da fundação da nova forma de alinhamento da TI, e neste ponto surge um conceito importante: “Governança Digital”, onde a governança não é vista apenas como “padronizadora”, mas agora tem as funções importantes: padronização, automação e aceleração. Ela é condutora. O livro “Liderando na Era Digital” (dos autores George Westerman, Didier Bonet e Andrew McAfee) introduz este conceito e explica como grandes empresas tradicionais estão usando o digital para obter vantagens estratégicas e competitivas.

Modernização Central (Remodelando o coração dos negócios)

Segundo a Deloitte, “A modernização do núcleo reflete as pressões contínuas que a transformação digital, as expectativas do usuário e os algoritmos de uso intensivo de dados exercem sobre os sistemas principais nos setores de front, mid e back office. Seja em finanças digitais, uma cadeia de suprimentos em tempo real ou um sistema de gerenciamento de relacionamento com clientes, os principais sistemas suportam os principais processos de negócios”.

As organizações de TI precisam reduzir suas dívidas técnicas e os sistemas legados não permitem agilidade para inovar e escalar. Muitas organizações estão partindo para o conceito do ERP de próxima geração, ERP pós-moderno ou modernização das plataformas legadas. Essa é uma tendência importante, e de fundação, pois independentemente do termo adotado pelo mercado, estamos falando de capacidades tecnológicas corporativas, e da habilidade que a empresa terá de responder as questões de mercado que se tornam cada vez mais urgentes e dinâmicas.

Democratização da tecnologia

Segundo o Gartner, “democratização é proporcionar às pessoas acesso a conhecimentos técnicos ou de domínio de negócios por meio de uma experiência radicalmente simplificada e sem a necessidade de treinamento extensivo e dispendioso”. O incremento de sistemas de desenvolvimento de baixo código, assistentes virtuais baseados em IA e modelos de tomada de decisão de fácil uso são aspectos importantes da democratização.

O alvo da tendência de democratização pode ser qualquer pessoa, dentro ou fora da empresa, incluindo clientes, parceiros de negócios, executivos, vendedores, colaboradores, desenvolvedores de aplicativos ou profissionais de operações de TI. A ideia é ampliar liberdade e empoderamento, permitindo maior eficiência e agilidade em escala aberta dentro da cadeia de valor.

3. Tendências Disruptoras (ou transformadoras)

Tecnologias cognitivas / Hiperautomação

Segundo a Deloitte, “Tecnologias cognitivas, como aprendizado de máquina, redes neurais, automação de processos robóticos, bots, processamento de linguagem natural, redes neurais e o domínio mais amplo da IA, têm o potencial de transformar quase todos os setores. Essas tecnologias personalizam e contextualizam a interação humano-tecnologia, permitindo que as empresas forneçam informações e serviços personalizados baseados em linguagem e imagem com o mínimo – ou nenhum – envolvimento humano.”

Segundo o Gartner, “A hiperautomação concentra-se em tarefas, processos e automação organizacional usando uma variedade de ferramentas. Um estado futuro hiperautomatizado pode ser alcançado apenas por meio de práticas e ferramentas de trabalho hiperágil”. O uso da hiperautomação depende da arquitetura de TI adotada e liberada.

As tecnologias cognitivas e a hiperautomação de fato tem um poder transformador nas empresas, pois a ideia é trazer ganhos de produtividade internos e ao mesmo tempo liberar atenção e apoiar o foco no humano, principalmente nas interações com clientes, permitindo inclusive possibilidades de reajuste em modelos de negócio já existentes.

Aprimoramento humano

Segundo o Gartner, “O aprimoramento humano explora como a tecnologia pode ser usada para fornecer aprimoramentos cognitivos e físicos como parte integrante da experiência humana. Em vez de computadores e aplicativos serem algo fora da experiência humana normal, eles se tornam uma parte natural –  e às vezes necessária – da experiência humana cotidiana. O aprimoramento humano também inclui fatores de bioengenharia que vão além da exploração de computadores e aplicativos”.

Tecnologias wearables, IA, alto-falantes inteligentes, computação visual, voice interfaces, speech recognition são exemplos que demonstram a já iniciada aplicação real neste sentido.

Blockchain prático

De acordo com o Gartner, “Um blockchain é um tipo de livro distribuído. Um livro distribuído é uma lista cronologicamente expandida de registros transacionais irrevogáveis ​​assinados criptograficamente e compartilhados por todos os participantes de uma rede”.

O Blockchain é uma prioridade de tecnologia crítica para mais da metade dos participantes da Pesquisa Global de Blockchain de 2019 da Deloitte, um aumento de 10 pontos em relação a 2018. Ele permite uma arquitetura de confiança distribuída que possibilita às partes não confiáveis ​​a realização de transações comerciais com mecanismos de validação descentralizados.

4. Tendências Emergentes no Horizonte

Computação Quântica

A Deloitte preconiza que “Para a computação quântica, as propriedades especiais desses bits quânticos, ou qubits, têm o potencial de criar mudanças exponenciais. Ao manipular partículas individuais, os computadores quânticos poderão resolver certos problemas altamente complexos que são muito grandes e confusos para os supercomputadores atuais – da ciência de dados à ciência dos materiais”.

Já de acordo com o Gartner, “A tendência emergente da computação quântica pode ter um impacto significativo na inteligência artificial, aprendizado de máquina e negócios”. O futuro da computação quântica é computadores capazes de resolver tarefas cada vez mais complexas em tempos cada vez menores, abrindo um horizonte de infinitas possibilidades.

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Por Emauri Gaspar, Cofounder da Run2biz